AMÉRICA DO RECIFE

__________________AMÉRICA DO RECIFE___________________
Nome Oficial
América Futebol Clube
Fundação
12 de abril de 1914
Localização
Bairro da Tamarineira - Recife-PE
Status Atual
Em atividade - Profissional e Base
Mascote
Periquito Verde
Cores Oficiais
Verde e Branco
Estádio como Mandante
(Municipal) Ademir Cunha - 12.000 Torcedores
HISTÓRIA DO CLUBE
O América Futebol Clube mais conhecido como América de Pernambuco, América Pernambucano e América do Recife, é um clube brasileiro de futebol, da cidade do Recife, capital de Pernambuco.
Atualmente manda suas partidas na cidade de Paulista, usando o Estádio Municipal Ademir Cunha para realização de seus jogos.
A sede fica localizada na Estrada do Arraial, no bairro de Casa Amarela, zona norte da cidade do Recife. Sua torcida era composta por grandes famílias aristocratas do Recife e também era querido pela Colônia Portuguesa Recifense, sem contar os outros torcedores espalhados pelo Recife, especialmente nos bairros de Casa Amarela, Casa Forte, Apipucos e Caxangá.
Há décadas a equipe vive no ostracismo, por vezes dependente de um saudosismo de épocas douradas e mantido por torcedores apaixonados pelo próprio clube ou pela rica história do futebol pernambucano. O "Mequinha", como carinhosamente é conhecido, hoje em dia, segue como o segundo time de parte dos aficionados torcedores recifenses.

Cronologia Americana

O América foi fundado em 12 de abril de 1914 por jovens aristocratas da cidade do Recife que tinha entre suas paixões a prática do ciclismo, com o nome de João de Barros Foot-Ball Clube, o nome fazia alusão à estrada onde se encontravam o primeiro campo do time e a sua respectiva sede.
O João de Barros surgiu como mais uma agremiação para a prática do desporto bretão, que ascendia na preferência pernambucana e nacional, arregimentando cada vez mais adeptos por todos os lugares. Um desses entusiastas foi João Evangelista Belfort Duarte, um dos personagens mais importantes do futebol brasileiro, tradutor das regras de futebol do inglês para o português, um dos fundadores da Associação Atlética Mackenzie College, primeiro clube de futebol formado por brasileiros (já que as grandes equipes na época eram de ingleses), o responsável por promover a primeira visita de um time estrangeiro ao país e também, na época da visita, era o presidente do tradicional América Football Clube do Rio de Janeiro.
Sua passagem pelo Recife tinha o objetivo de buscar apoio para a fundação da Federação Brasileira de Sports, antecessora da antiga CBD e posteriormente CBF. Porém, no breve período em que esteve na capital pernambucana, Belfort Duarte também deixou sua marca na história esmeraldina, sendo ele o responsável por motivar Aristheu Accioly Lins a fazer a mudança do nome João de Barros Foot-Bal Club para América Futebol Clube no dia 22 de agosto de 1915.A passagem foi tão marcante que um dos símbolos do futebol brasileiro ainda recebeu uma homenagem do então América, sendo distinguido como capitão honorário do clube, o mesmo ainda foi o responsável por divulgar a imprensa a mudança.

"Comunico-vos que em Assembléia Geral do João de Barros Futebol Clube, reunida no dia 22 de agosto de 1915 deliberou a mudança de nome daquela sociedade que ficou denominada "América Futebol Clube", convicto que esta deliberação em nada mudará as atenções dispensadas ao nosso antigo JBFC e espero a continuação das mesmas ao América Futebol Clube."
Carta de Belfort Duarte enviada a imprensa.

O América foi um dos pioneiros, junto do Flamengo-PE e Santa Cruz, na organização e fundação da Liga Sportiva Pernambucana (LSP) em 16 de junho de 1915, o grande objetivo era a administração do futebol no estado, que se desenvolvia de forma rápida porém desorganizada. Ali foi plantada a primeira semente do que hoje chamamos de Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Foi então que ainda no ano de 1915 aconteceu o primeiro Campeonato Pernambucano.
O primeiro título de Campeão Pernambucano do América só veio a acontecer em 1918, mas dessa vez com a participação do Náutico e Sport, que não fizeram parte da primeira edição da competição. Com 10 jogos, 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota o título veio, com a seguinte escalação: Jorge; Ayres e Alecxi; Rômulo, Bermudes e Soares; Siza, Ângelo Perez, Zé Tasso (artilheiro da competição com 17 gols), Juju e Lapa.
Em 1919 o Alviverde da Estrada do Arraial se sagrou bicampeão pernambucano, era mais uma amostra da força do América que na época deixava claro para que veio, uma das potências do futebol do estado, convidado a disputar torneios regionais e chegando a se tornar o maior campeão estadual da época com os títulos de Campeão Pernambucano de 1921 e especialmente em 1922, ano em que conquistou outro bicampeonato e um dos seus mais famosos alcunhas: "Campeão do Centenário".
A conquista do bicampeonato de 1919 se deu em cima do Sport Recife que também tinha se tornado bicampeão no ano anterior. O título também marcou o início do que viria a ser sua maior rivalidade, foi justamente com a equipe rubro-negra que surgiu o "Clássico dos Campeões", eram as duas equipes que mais tinham conquistado o título de campeão estadual da época. As duas equipes viriam a ser campeãs duas vezes uma sobre a outra nas temporadas seguintes.

Zé Tasso


A equipe esmeraldina durante seus tempo de glórias era liderada por José Henrique Tasso ou simplesmente Zé Tasso, maior ídolo da história do América, recifense criado no bairro de Poço da Panela, esteve presente nas maiores conquistas da história do clube. Destacou-se jogando futebol no time amador do bairro onde cresceu. Durante a disputa da Liga Suburbana de 1918, o Sr. Francisco Gusmão, que na época era técnico do alviverde, ficou encantado com as incríveis habilidades de Zé Tasso. 
Ao final da competição o jogador foi convidado a integrar o elenco profissional do América, e logo no seu ano de estreia conquistou o seu primeiro título pernambucano e de quebra sendo o artilheiro da competição com 17 gols (1918). Suas atuações lhe deram destaque na crônica local, além de ter levado o Alviverde da Estrada do Arraial a mais 3 títulos estaduais (1919, 1921 & 1922). Em 1923 ajudou também marcou a história do América, ajudando a equipe na conquista do Troféu Nordeste, a primeira competição de âmbito regional no Nordeste que se tem notícia.

Campeão do Centenário da Independência

Em 1922, o América sagrava-se bicampeão pernambucano, mas o grito que ecoava no Recife era o de "Campeão do Centenário!", pois nesse ano o Brasil comemorava o 100ª aniversário de independência do Império Português. 

A campanha vitoriosa foi a seguinte:
  • 07.05 América 2–1 Sport 
  • 21.05 América 4–0 Peres 
  • 04.06 América 2–1 Náutico 
  • 23.07 América 3–1 Equador 
  • 06.08 Torre 1–0 América 
  • 22.10 América 2–1 Santa Cruz 
  • 05.11 América 4–2 Flamengo
A competição teve muitos jogos interrompidos ou anulados pelos mais diversos motivos: chuvas intensas, desistências, entrega de pontos e a escuridão - iluminação nos campos de jogo não existia - o maior exemplo foi o clássico contra o Sport da primeira rodada, que terminaria decidindo o próprio campeonato posteriormente. Dentre os jogos anulados, Torre e o novato Equador entregaram seus pontos, assim como o Peres. Flamengo e Santa Cruz desistiram de jogar após adiamento provocado pelas chuvas. Tudo isso marcou o Campeonato Pernambucano de 1922. 
O campeonato foi disputado em turno único. Assim, houve apenas os jogos de ida. Mais uma vez, Sport e América surgiam como candidatos ao título de campeão. Os rubro-negros pretendiam interromper a marcha de seu rival, que buscava o segundo bicampeonato. No jogo derradeiro entre as duas equipes o América derrotava o Sport pela contagem de 2 a 1, porém, o encontro foi suspenso por falta de iluminação. 
A direção da Liga determinou que os oito minutos restantes fossem disputados em data posterior, depois do cumprimento da tabela. Assim, em 19 de novembro de 1922, rubro-negros e alviverdes voltaram ao mesmo local da partida interrompida, no Campo da Jaqueira, tradicional cancha alviverde que também era chamada de América Parque. 
O América, que sofrera uma derrota durante a campanha - Torre 1 a 0 - chegava àquele momento com 10 pontos (sem os pontos da partida interrompida), enquanto o Sport tinha 11 e liderava a competição. Foram instantes dramáticos, o Sport Recife lançou-se ao ataque em busca de pelo menos o empate, ficaria com 12 pontos e deixaria o gramado festejando a conquista de mais um título. Já o América se defendia com unhas e dentes, uma vez que o placar fosse mantido passaria a somar 12 pontos e levantaria a taça, e foi o que ocorreu. Fim de jogo, vitória do América por 2 a 1, embora estivesse programado apenas alguns minutos de jogo, um grande público compareceu para prestigiar a disputa, a torcida alviverde fez muito barulho na comemoração da conquista do pomposo título de "Campeão do Centenário", que ainda é lembrada até os dias atuais quando a imprensa se refere ao América. 
O time base campeão: Nozinho; Rômulo e Cunha Lima; Lindolpho, Licor e Faustino; Meirinha, Fabinho, Zé Tasso, Juju e Matuto.

O primeiro campeão nordestino (1923)

Enquanto na região Sudeste foram organizadas competições como a Taça Ioduran e a Copa dos Campeões Estaduais, em Alagoas também foi organizada uma competição com o intuito colocar as equipes da região em disputa, assim foi organizado o Troféu Nordeste, o primeiro torneio interestadual da região que se tem notícia. A competição ocorreu para festejar o Dia do Trabalhador, em Maceió, e foram convidadas oito equipes da região para o torneio. 

As equipes:
  • CRB & CSA;
  • Botafogo-BA & Vitória;
  • Cabo Branco & América-PB;
  • Sport & América-PE.
O Alviverde da Estrada do Arraial começou no torneio com uma vitória de 2-0 contra o CRB, equipe anfitriã da competição, na 2º rodada enfrentou o Botafogo-BA, mas não teve o mesmo desempenho e acabou sendo derrotado pelo placar de 4-1, na última rodada enfrentou o Cabo Branco e conseguiu vencer a equipe paraibana por 1-0, passando às semifinais ao lado do Botafogo-BA. 
Nas semifinais o América teve pela frente um Clássico dos Campeões diante do seu maior rival: o Sport. A partida tomou ares de revanche, um reprise da final do pernambucano do ano anterior, em 1922, e com o ingrediente de que o rubro-negro vinha de uma campanha excelente no torneio, porém, o resultado dessa vez o foi bem diferente, uma sonora goleada de 6-2 no Leão. 
Na grande final o rival seria mais uma vez um anfitrião: o CSA, a equipe azulina havia vencido o Botafogo-BA e garantido a classificação para a grande final. A decisão foi em dois jogos, a primeira partida foi realizado no dia 4 de fevereiro, a equipe do CSA era formada por: Mendes, Osvaldo e Hilário; Campelo, Mimi e Geraldino; Bráulio; Alírio; Odulfo; Murilo e Nelcino. O América atuou com: Nezinho, Romulo e Faustino; Lyndolfo; Moreira e Zizi; Lapinho; Leça; Zé Tasso; Juju e Araújo, vitória da equipe esmeraldina pelo placar de 2-1, mostrando toda sua força.

Time do América em 1923 - Foto: Wikipedia

O segundo jogo foi realizado no dia 6 do mesmo mês, americanos e azulinos jogaram com os mesmos atletas, dessa vez a vitória ficou com a equipe anfitriã, vitória do CSA. Foi uma das mais eletrizantes partidas de futebol da história do América, Juju abriu o marcador para o alviverde, fazendo 1-0, Nelcino empatou e Bráulio virou para 2-1 CSA, Zé Tasso empatou outra vez mas Odulfo fez o 3-2 e o 4-2 para os alagoanos, Juju voltou a descontar no final para o América, fechando o marcador em 4-3. Foi uma vitória consagradora no torneio e que repercutiu nos grandes jornais do Recife. 
Como o América detinha a vantagem por ter feito uma campanha melhor até a final, sagrou-se o primeiro campeão nordestino, vitória consagradora que repercutiu nos grandes jornais do Recife.

1944: O último título pernambucano 

O título do Campeonato Pernambucano de 1944 foi o último da equipe esmeraldina, também foi tratado por muitos como o título mais "sofrido & heroico" da história do clube. A instituição América já demonstrava um declínio acentuado na disputa das competições estaduais, muito pelo fato da chegada do profissionalismo ao futebol pernambucano (1937), muitas equipes históricas e campeãs do cenário pernambucano já tinham deixado de existir ou deixariam nesse período entre 1937 a 1945 (Torre, Tramways, Flamengo-PE). 
A competição de 1944 foi longa, mesmo composta por apenas 7 equipes, houve 18 jogos até a fase final onde as duas melhores equipes ainda fizeram 4 jogos, totalizando 22. Parte das partidas da fase de grupos e as partidas da grande decisão só aconteceram no ano seguinte, em 1945. 
A grande final foi decidida entre a equipe esmeraldina e o Náutico, a equipe alvirrubra tinha finalmente decidido investir no futebol a pedido dos sócios e começava a ascender no cenário estadual e regional. A previsão era que fossem partidas difíceis, o confronto entre as duas equipes sempre prometia muito equilíbrio, partidas bem jogadas, tanto que o confronto recebeu o título de "Clássico da Técnica e Disciplina". A equipe esmeraldina era formada por Zezinho, Capuco, Julinho, Djalma, Edgard, Oseás, Pedrinho, Barbosa, Leça, Galego e Rubens. 
O mequinha dominou os 4 jogos da grande decisão contra o Náutico, os resultados forma: Náutico 1-1 América (28/01), Náutico 2-3 América (04/02), Náutico 0-2 América (09/02), América 3-0 Náutico (18/02).

Time do América em 1944 - Foto: Blog Anotando Futbol

Após essa conquista, o América caiu no ostracismo, não mais fazendo campanhas de tanto destaque e longe de conquistar outro título pernambucano, esse que por sua vez ficou sempre nas mãos do "Trio de Ferro" da capital (Náutico, Sport e Santa Cruz), a única vez que essa hegemonia foi quebrada aconteceu em 2020 com o 1º título pernambucano da história de uma equipe do interior, vitória do Salgueiro em pleno Arruda contra o Santa Cruz.

Anos de jejum e Taça Recife

Após a conquista do título pernambucano de 1944, o América ainda conseguiu um vice-campeonato em 1952, perdendo para o Náutico. Os anos seguintes foram de jejum e, aos poucos, durante o final da década de 1950 e as décadas de 1960 e 1970, o América foi perdendo espaço no cenário esportivo do estado por nunca mais ter conquistado um título. Prevalecia ainda sua "fiel torcida da Velha-Guarda Americana" sempre quando o América ia jogar, e ainda possuindo a simpatia do público do bairro de Casa Amarela. 
Em 1975, enfim o América fazia ecoar o grito de campeão. Venceu o Náutico na final da Taça Recife, desbancando até o Santa Cruz que na época era a maior potência local. 
A imprensa recifense dava uma certa atenção ao time do América, tanto pelas polêmicas dos dirigentes, como pelos jogadores contratados, e também na tentativa de soerguer o clube, que já vinha numa descendente no futebol. O clube era carinhosamente chamado de Verdão 75. Nos seus jogos sempre havia a presença de uma torcida, mesmo pequena, mas com charanga e bandeiras alviverdes. O artilheiro daquela edição da Taça Recife foi Edu Montes, com 7 gols. 

América no Campeonato Brasileiro

O América nunca participou do Campeonato Brasileiro da Série A, mais já esteve presente em 04 edições do Brasleirão da Série B (1972, 1981, 1989, 1991) e em 01 edição do Brasileirão da Série C (1990), e em todas elas, a sua melhor campanha foi no brasileirão de 1972, quando terminou a competição num honroso 8º lugar de um total de 23 clubes participantes, em 1981 ficou em 15º de 48 clubes, em 1989 ficou em ficou em 96º de 96 clubes, em 1991 ficou 59º de 64 clubes.

Time do América em 1989 - Foto: Blog Anotando Futbol

No Brasileirão da Série C em 1990 o Esmeraldino ficou em 24º de 30 clubes participantes.

Anos 2011-2022: Classificação para o Brasileirão

O começo da década não foi fácil para o América, após campanha ruim em 2011, a equipe foi rebaixada para a Série A2 do pernambucano em 2012 amargando a última colocação, No ano seguinte, o Mequinha conseguiu voltar, após conseguir a classificação para a fase final, depois de passar por Araripina e Olinda, chegou a decisão final contra o Vitória, em jogo único que foi decidido nos pênaltis, a equipe de Vitória de Santo Antão sagrou-se campeã. Voltando a elite estadual, a equipe não teve grandes destaques, escapando de um novo rebaixamento em 2014 no ano de seu centenário e em 2015.
Na temporada de 2016, após anos sem disputar nenhuma competição nacional, mais precisamente desde a Série C de 1990, a equipe retornou após a disputa do Campeonato Pernambucano. O América ficou em 1º colocado no seu grupo com 3 vitórias 3 empates em 6 jogos, garantindo a vaga para a Série D no mesmo ano e de quebra para a Série D de 2017. Quem foi o responsável em liderar a equipe nesse retorno as disputas nacionais foi o icônico e folclórico Carlinhos Bala. Foi com Bala que o América vencer por 1-0 e pós fim a um jejum de vitórias que durava desde 1973 contra seu maior rival o Sport em plena Ilha do Retiro.
Na fase final do pernambucano, a equipe não teve o mesmo desempenho ficando em 5º lugar geral, porém, no torneio nacional, a equipe classificou em segundo lugar no seu grupo que contava com outras 3 equipes (Globo, Sousa e Galícia), foram 3 vitórias 1 empate e 2 derrotas. Na fase seguinte a equipe não teve o mesmo desempenho, acabou sendo eliminada para o Altos, dando a deus a competição. Na temporada de 2017, apesar de ter a vaga para o torneio nacional do mesmo ano, o América não conseguiu a classificação para o ano seguinte, a campanha do pernambucano não foi suficiente, ficando em 9º colocado com 5 vitórias 2 empates e 8 derrotas, já Série D a equipe também não conseguiu vaga para a fase seguinte com apenas 2 vitórias 1 empate e 3 derrotas.
Em 2018 mesmo com campanha bem abaixo do esperado, o América conseguiu vaga para a disputa da Série D de 2019, por meio da sua classificação final no Campeonato Pernambucano. Porém, em 2019, a equipe não conseguiu acertar dentro e nem fora de campo, fazendo uma campanha vexatória e acabando rebaixado para a Série A2 do Pernambucano mais uma vez sem ter vencido uma única partida. O contra ponto ficou na Série D de 2019 onde a equipe fez boa campanha na fase de grupo onde enfrentou equipes como América de Natall, Bahia de Feira e Serrano-PB. Na fase seguinte, a equipe de Natal foi seu algoz, mesmo vencendo em Recife por 1-0 no Ademir Cunha, sofreu uma derrota polémica no jogo de volta na Arena das Dunas pelo placar de 2-0.
Na temporada atual de 2022, o time do América foi eliminado do Campeonato pernambucano da 2ª divisão (Série A2) depois de ter se classificado em 2º em seu grupo e ter sido denunciado e punido pela escalação irregular de um jogador, com isso o clube foi eliminado da competição, retornando apenas no ano de 2013.

João Cabral de Melo Neto, um americano

O reconhecido escritor pernambucano foi um grande torcedor americano e sempre que podia ia ver os jogos do seu clube de coração. Além de poeta, João Cabral chegou a ocupar posição de center-half, ou, como se diz hoje, volante, e foi uma promessa do futebol pernambucano. Nele, disposição física e apuro intelectual conviveram sem crises ou antagonismos. Na adolescência, jogou pelos times do América e do Santa Cruz. Em 1935, aos 15 anos, foi campeão juvenil pelo Santa Cruz. 
Dentre suas grandes obras destaca-se "Morte e Vida Severina", de 1955. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 15 de agosto de 1968, tomando posse de sua cadeira em 6 de maio de 1969. No final da década de 80, descobriu que sofria de uma doença degenerativa incurável, a qual lhe impunha fortes e constantes dores de cabeça, o que causaria, aos poucos, a perda de sua visão, fazendo-o parar de escrever e ficar depressivo, e a vontade de falar (“Não tenho muito o que dizer", argumentava). 
Morreu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 79 anos, encoberto com a bandeira do América e com a tristeza de não rever o Campeão do Centenário forte como antes, em sua juventude. Um dos momentos marcantes de seu velório foi o discurso proferido Arnaldo Niskier, no "Salão dos Poetas Românticos", na Academia Brasileira de Letras, onde foi velado seu corpo:
"Fecham-se os olhos cansados do poeta João e não conseguimos realizar o sonho que agora desvendo: ver o América Futebol Clube voltar aos seus dias de glória. Nem o daqui do Rio, nem aquele que era a sua verdadeira paixão: o América do Recife."

Furto das Taça do América

Na edição do jornal Folha de Pernambuco do dia 19/03/21 saiu uma matéria denunciando que todos os troféus conquistados pelo América ao longo de sua centenária história foram furtados ou destruídos da sede. O caso aconteceu em 2017, mas só foi a público em 2021 graças um grupo de torcedores que descobriram esse fato enquanto planejavam catalogar as conquistas do clube. Segundo a direção americana existe ainda possibilidade em mandar confeccionar réplicas dos troféus, mas sem previsão.


CRONOLOGIA EM COMPETIÇÕES OFICIAIS

Copa Norte-Nordeste
01x - 1970;
Troféu do Nordeste
01x - 1923;
Brasileirão Série B
04x - 1972, 1981, 1989 e 1991;
Brasileirão Série C
01x - 1990;
Brasileirão Série D
03x - 2016, 2017 e 2019;
Campeonato Pernambucano 1ª Divisão
85x - 1915, 1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1924, 1925, 1926, 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1933, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1940, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1946, 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1955, 1956, 1957, 1958, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 2011, 2012, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019;
Campeonato Pernambucano 2ª Divisão
13x - 1999, 2000, 2001, 2004, 2006, 2006, 2008, 2009, 2010, 2013, 2020, 2021 e 2022;
Copa Pernambuco
3x - 2002, 2004, 2005;
Torneio Incentivo
10x - 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981 e 1983;
Taça Cidade do Recife
1x - 1971;
Torneio Eraldo Gueiros
1972;
TÍTULOS CONQUISTADOS

Campeonato Pernambucano 1ª Divisão (06x) - 1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944;
Torneio Incentivo (01x) - 1976.
ESCUDOS ANTIGOS

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UNIFORME DO CLUBE

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FONTES DE PESQUISAS
Wikipédia;
Bola na Área;
Blog Anotando Futbol;
Site História do futebol;
RSSSF Brasil;
Futebol Nacional;
Arquivo Pessoal;

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Anuário do Futebol Pernambucano - 1909 - Subúrbios do Recife e cidades vizinhas

__DATA__ __MANDANTE__ _PLACAR_ __VISITANTE__ __LOCAL DO JOGO__ 18/07/1909 Great Western Railway ...